Você está certo. Não tem porque complicarmos algo que está bom assim. Eu gosto de você; você de mim. Gostamos da companhia um do outro e é tudo que importa. Ir por aquele outro caminho é perigoso e acabaremos nos machucando e perderemo-nos. Assim está bom. Por agora, é tudo que precisamos.
Pensando melhor, você tem razão. Estamos em tempos distantes. Em fases diferentes, com desejos e aspirações destoantes. Os nossos mundos só se encontram perfeitamente na cama. Nela, somos eu, você e o desejo. Nós e nossos corpos. Fora dela, somos passos que seguem por vias opostas e misturá-las é aspirar pelo caos.
E não estamos prontos para a loucura caótica dos sentimentos. Para que quebrar o encanto do desejo com as insanidades do coração? A equação está correta. Dois corpos, dois desejos, não cabem dois corações. Vamos deixá-los fora desta matemática perfeita.
Mas lembra quando me perguntou o que eu havia visto em você? Eu vi este homem porra louca, mas doce e sincero. Eu vi um homem de olhar perdido, buscando mudar, reinventar-se, travando uma batalha constante em seu íntimo, com sua alma. Eu vi um homem tentando redenção dos seus pecados. Vi força e beleza. Um coração tão puro, mas reservado, escondido atrás de uma máscara de Baco, perdido em seus bacanais para esconder as próprias dores e angústias.
Eu vi um homem com uma energia interior tão grande, capaz de mudar o mundo ao seu redor, se assim desejar. Mas eu não apenas vi, eu senti. E sentir é perigoso, é imergir em águas ainda não navegadas. O preço pode ser alto e não estamos dispostos a pagá-lo.
Você está correto. Para que inventar lágrimas e dores se temos o olhar? Para que complicar, se a simplicidade do seu abraço é perfeita para os meus braços? Vamos aceitar que estes momentos são o que melhor podemos oferecer um ao outro. Assim está bom. Agora, deita aqui e me beija.
Red Kisses,
Chris, The Red
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