terça-feira, 31 de agosto de 2010

Somewhere in Time


Red Kisses,

Chris ("What is left of love?  Tell me, who would even care?")

domingo, 29 de agosto de 2010

Figura-Fundo / Homem-Mundo

Alguns dias atrás, postei aqui a seguinte imagem:


Em referência a pergunta do novo bloco da pós-graduação: O que o desenvolvimento da relação figura-fundo ao longo do Impressionismo, Expressionismo e Cubismo pode nos revelar sobre a relação homem-mundo na modernidade?

Bem, aqui está minha resposta:

Para responder uma pergunta como é esta é preciso pensar em dois momentos: as artes do tempo antes da era moderna e o início da arte moderna. E além disso, pensar na forma como o ser humano transforma suas percepções diante das mudanças do seu tempo. É preciso pensar também na forma como o homem se relaciona com o mundo, com a natureza.

E é esta nova forma de pensar que altera a relação figura-fundo da questão proposta.

Vamos entender isto melhor. A imagem abaixo é de um dos tetos do Museu do Louvre, foi fotografada por mim, em 2006.


Figura 01


Observe como os elementos principais se destacam perante o fundo. Este tem apenas o papel de dar suporte aos elementos principais. Há uma hierarquia entres os elementos da tela. No primeiro plano, o faraó no seu trono e a mulher com seu cetro e vestes vermelhas. No segundo plano, os anjos principais e os tesouros. Depois, os querubins e, por último, o fundo. 

As cores contribuem para que esta hierarquia seja percebida de forma bem clara. Começando com cores mais fortes até s cores claras do fundo.

A técnica de pintura também contribui para esta clara diferenciação figura-fundo. Os traços bem delineados e precisos.

Esta tela mostra bem a percepção da era pré-moderna sobre a relação figura-fundo.

Agora, temos as seguintes telas, ambas de Claude Monet:
Figura 02
Figura 03
A primeira tela é a célebre Impressão, Sol Nascente, que deu origem ao nome do movimento Impressionismo. A segunda, é a Banhistas na Grenouillière. Observemos como a relação figura-fundo muda em comparação a figura 01. Não há uma clara distinção entre a figura e o fundo. O fundo deixa de ser mero coadjuvante para fazer parte do plano principal.

As pinceladas são soltas, sem a precisão das pinceladas das pinturas das artes clássicas. O uso de cores tonalidades semelhantes também contribui para esta conexão da figura e do fundo.

E assim, novas percepções começam a dar formas a uma nova era na arte: a arte moderna. Uma era em que a relação figura-fundo é alterada e a cada passo que é dado na arte moderna, esta relação vai ficando cada vez mais estreita. A cada passo, novas técnicas, cores, temáticas começam a fazer parte de todas os campos da arte, seja na pintura, na fotogafia ou na escultura.

O rompimento com as técnicas clássicas, abriu as portas para um novo mundo de possibilidades artísticas. Quebrando os laços, as artes deram um passo importantíssimo para que o mundo conhecesse nomes como:

Munch

Picasso

Dalí

Grosz

Varejão

Mafaltti

Rodin

Gaultier
Irmãos Wachowski
Salgado

Entre tantos outros nomes que, ao alterarem a relação figura-fundo, contribuíram para que a relação homem-mundo tivesse uma nova conotação, um novo valor.

Red Kisses,

Chris

Os Beijos












Red Kisses,

Chris

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vídeo: Re-Invention Tour Reinventada e Reeditada


Red Kisses,

Chris

Catiti

Trabalho criado para o Bloco Distorção da pós-graduação. A mistura do cubismo, cores fortes e Tarsila.

a) A distorção pode expressar uma visão subjetiva, sentimentos e experiências particulares com relação ao mundo. Crie uma imagem a partir da figura humana, interpretando-a plasticamente segundo a sua própria visão.

“Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi, or not tupi that is the question.
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.”[1] 


Contra todas as técnicas clássicas, contra toda a perfeição e toda as reproduções. Era este o espírito dos primeiros movimentos da era moderna. A realidade não é perfeita e assim também não deveria ser as suas representações.

Até então, os artistas buscavam a interpretação perfeita das formas e dos corpos. Surgem Picasso, Kandinsky, Dalí, Braque, Matisse e também nossos grandes artistas brasileiros como Tarsila, Anita e Portinari no caminho contrário às tradições clássicas, trazendo às artes, suas percepções íntimas e subjetivas.

O início da era moderna não foi apenas uma mudança de temáticas, mas uma verdadeira revolução que atingiu os mais diversos campos da arte: pintura, fotografia, cinema, esculturas, literatura. 

Neste contexto, a forma humana sofreu as mais diversas transformações. Os novos artistas a retratavam despreocupados com a perfeição. Os cincos quadros ao lado – Abaporu de Tarsila do Amaral, O Homem Amarelo de Anita Mafaltti, Garota Diante do Espelho de Pablo Picasso, Grande Nu de Georges Braque e Os Retirantes de Portinari são exemplos claros desta nova concepção de retratação da forma humana.

E nesta linha, fui pensando no meu trabalho prático para o bloco Distorção. Misturar cubismo, com cores fortes e Tarsila. Como fazer isso? Que recursos utilizar? Técnicas? No primeiro bloco fiz uma instalação. No segundo, um vídeo; no terceiro, uma colagem e no bloco anterior, 4 telas utilizando a arte digital. E o que escolher para este bloco?

Lápis de cor. Sem computador, sem programas, apenas o velho e bom lápis de cor e o papel em branco. E assim tomou forma o projeto Catiti.

Catiti??? De onde surgiu este nome? Antes de desenvolver qualquer trabalho prático, leio bastante referências, entre as várias leituras para este bloco, uma delas foi o Manifesto Antropófago de Oswaldo de Andrade que tem o seguinte trecho de uma outra obra:


 “Catiti Catiti 
 Imara Notiá 
 Notiá Imara 
 Ipeju” [2] 


O processo

Os materiais: para desenvolver esta atividade, escolhi materiais simples: lápis de cor, lápis monolith e spray verniz fosco. Lápis de cor. Sem computador, sem programas, apenas o velho e bom lápis de cor e o papel em branco.

Os passos: primeiro, esbocei com o lápis monolith com inspirações cubistas e Tarsila. Depois, fui pintando com os lápis de cor compondo as cores, misturando a ideia figura-fundo. Pra finalizar, apliquei uma demão de verniz fosco.





Notas:
[1] MANIFESTO ANTROPÓFAGO, OSWALD DE ANDRADE Em Piratininga Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha." (Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de 1928.). Fonte: http://www.lumiarte.com/luardeoutono/oswald/manifantropof.html

[2] * "Lua Nova, ó Lua Nova, assopra em Fulano lembranças de mim", in O Selvagem, de Couto Magalhães.



Red Kisses,

Chris, The Red ("só a antropofagia nos une" - Manifesto Antropófago)

Livros: Alexandre Wollner

Semana passada, terminei de ler o livro Alexandre Wollner e a formação do design moderno no Brasil, de André Stolarski.

O livro é altamente recomendável para todos os designers que desejam conhecer um pouco mais da construção do design brasileiro.

Conhecer a história de algumas marcas, do ensino do design no Brasil e sua evolução é o que encontrará neste livro-entrevista. Além da entrevista, o livro traz um portfolio das marcas criadas pelo Alexandre Wollner, como as marcas Hering, Papaiz e Itaú.

O livro é acompanhado de um DVD.

Fica aí a dica para designers e não-designers.

Red Kisses,

Chris ("ansioso pela chegada do meu novo imac")

terça-feira, 17 de agosto de 2010

????????????

Pergunta do novo bloco da pós-graduação

O que o desenvolvimento da relação figura-fundo ao longo do Impressionismo, Expressionismo e Cubismo pode nos revelar sobre a relação homem-mundo na modernidade?

Olha como fiquei depois de ler a pergunta:




E vamos estudar, ler, pensar para responder a pergunta....

Red Kisses

Chris

Profusão

O bloco passado da pós-graduação era sobre profusão. Todo bloco tem uma atividade prática. A deste bloco já apresentei aqui alguns posts atrás (reveja aqui).

Então, desde o início imaginei que minha atividade prática envolveria cores e formas. A primeira ideia que tive foi a image a seguir, mas quando finalizada, achei que não estava legal para apresentar para a atividade legal e mudei para as imagens que estão no post anterior.


Está parecendo confete de carnaval.. heheheheehehehhe

Red Kisses,

Chris

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Madonna, MInsane, Minha Tia, Piauí, Pablo, Julio Skov e Chris, The Red

Hoje, dia 16 de agosto de 2010, é aniversário:

do site do MInsane 
da Madonna 
da minha tia Miriam
do meu amigo Pablo 
e do Piauí 

e para comemorar tudo isso, Julio Skov fez mais um super vídeo e para aumentar o caldo me chamou de novo (ele me ama - risos), para criar a arte do DVD Promocional do vídeo.

O vídeo:


As artes



Para baixar as artes e o vídeo, clique aqui.


Parabéns a todos os aniversariantes do dia.


Red Kisses,

Chris

Nova Entrada para o site do Minsane

Em comemoração aos 52 anos de Madonna e os 12 anos do site do MInsane, o Minsane está com uma entrada nova:


E ainda hoje, lançamento do novo vídeo do Julio Skov.

Red Kisses,

Chris

domingo, 15 de agosto de 2010

33 anos de memórias

Domingo passado, dia 08 de agosto de 2010, completei 33 anos de idade. 33 anos de memórias. E para cada uma dela, uma música.

Minha memória mais antiga, minha mãe Zulmirene, ainda no ventre da minha mãe, sentindo o seu amor e seu carinho.


Minha maninha Ana Caroline, esta perua que é teimosa demais e super especial.


Minha família, com todas as suas qualidades e com todos os seus defeitos



Meus amigos de todos os tempos.


Meu grande amigo AndyClarke, nossos momentos e nossa viagem para Paris.


Namorei bastante e tive dois grandes amores inesquecíveis.



A primeira vez que fui ao show da Madonna, em Detroit, EUA, em 2001.


A descoberta do Design, mais que um trabalho, um prazer.


A descoberta de quem eu sou.


A grande lição: saber onde quero chegar, nunca desistir. a vida sempre continua.


Red Kisses,

Chris

Passado, Presente e Futuro

O texto a seguir foi escrito para o Bloco Profusão da minha pós em Artes Visuais, baseado no texto Moda e Figurino, de Dario Caldas, para responder a questão abaixo:

Questão: no texto Moda e figurino, Dario Caldas afirma que os estilistas são antenas aguçadas de seu tempo, capazes de captar desejos, mudanças em curso e visões de futuro. Afinal, os estilistas lidam com uma linguagem estética que está muito próxima do dia-a-dia da maioria das pessoas: a indumentária, que cobre nossos corpos de cores e formas, com a qual exteriorizamos algumas de nossas idéias e atitudes.
Linguagem sensível ao “espírito do tempo”, a moda estabelece diálogos com outras áreas de produção e expressa transformações sócio-culturais, como nos vários exemplos dados pelo autor.
A obra de Giacomo Balla no bloco Movimento, a de Madeleine Vionnet no bloco Leveza, a de Alceu Penna no bloco Fragmentação e a de Christian Lacroix no bloco Profusão também podem ser tomadas sob o ponto de vista da sensibilidade às questões prementes de seu tempo.
Analise o que essas obras tem de continuidade com o passado, afinidade com o presente e projeção de futuro.

No início, Adão e Eva andavam nus pelo paraíso e não havia preocupação com roupas ou moda. Mas aí, Eva comeu da maça e a moda teve o seu primeiro exemplar: uma folha de parreira e nunca mais paramos. Então, surgiu o capitalismo, aconteceu a explosão da moda e a peça de pano que tinha o objetivo inicial de cobrir as ‘vergonhas’ tornou-se símbolo de luxo e de comportamento.


Deixando a brincadeira de lado, o nosso vestuário, atualmente, tomou formas e proporções capazes de alterar o nosso cotidiano e a nossa visão de um pedaço de pano. Como citado no texto Moda e Figurino, de Dario Caldas, “a maneira como nos vestimos informa sobre nós, sobre nossas escolhas” é a mais pura verdade. Um grupo de garotos com roupas pretas dos pés a cabeça, inclusive sobretudos pretos sob o sol escaldante, nos remete imediatamente a uma imagem: eles são góticos. Ou ainda, um grupo de garotos com bermudões coloridos com os mais diferentes temas, em uma cidade litorânea: surfistas.


E junto com esta mudança de comportamento, surgiu um elemento importantíssimo: o estilista ou como é chamado atualmente, fashion designer e junto com eles, grandes e cobiçadas marcas de roupas: D&G, Armani, Versace, Chanel, Dior, Vivienne Westwood, Marc Jacob, Herrera, Alexandre Herchcovitch e muitas, realmente, muitas outras.


Estas personagens levaram a moda para um patamar muito mais alto. Criar uma peça de roupa não era simplesmente criar uma peça bonita para vestir mulheres e homens.
Criar uma peça de roupa vai mais longe, é mais profundo, tem conexão com a arte, com a pintura, a cultura e a história. É revisitar o passado, trazendo algo novo no presente para alterar o futuro. É estar conectado com a música, com o cinema e diversos outros campos.


Em 2003, Christian Lacroix uniu-se a Madonna e fez a união de três artes: moda, fotografia e música. No ensaio para a revista W e fotografado por Steven Klein, Lacroix foi atrás da cultura africana e a moda da época renacentista e criou a roupa abaixo, usada por Madonna neste ensaio. Esta peça de roupa virou ícone e já viajou o mundo em uma exposição de Christian Lacroix:




Em 2004, mais uma vez Lacroix e Madonna se unem e criam uma peça que seria usada por Madonna na Re-Invention Tour. Desta vez, Lacroix reviveu os anos de Maria Antonieta, reinterpretou, reinventou e criou mais uma obra que mistura passado e presente.





Indo mais fundo, obras como de Giacomo Balla e seu figurino para balé futurista, de 1930, foi, com certeza, fator importane na conexão da moda com outros campos da arte. Tal união foi definitiva para a evolução da moda alcançar um novo patamar. Como exemplo, uma das conexões mais lembradas da história da moda, Mondrian e Yves Saint-Laurent. Moda não era mais vestuário, era um conceito, um comportamento, uma conexão entre o passado, o presente e o futuro.


Desde então, vários são os exemplos desta moda que revive outras épocas, trazendo para o presente o que já foi estilo, dando um novo conceito e trazendo algo novo. Todos os anos, nos desfiles de moda de Milão, Paris, NY, São Paulo, Rio de Janeiro entre outros, vemos estas releituras do passado, novos pontos de vistas sobre estilos que fizeram parte do passado e se apresentam com um novo conceito e que farão parte da moda que estará no cotidiano das pessoas no futuro.


Para finalizar este artigo, quero ilustrar como a moda cresceu tanto a ponto de realmente modificar o comportamento das pessoas e como ela ‘invadiu’ outras áreas. A seguir, algumas criações de Christian Lacroix que fogem de tecidos e linhas:






Este é o futuro da moda. O passado e o presente conectados, alterando o futuro e ultrapassando barreiras. Moda não é mais tecidos, linhas e agulhas. É o design do perfume que usamos, do calçado que vestimos, da água que bebemos. Moda é o figurino da novela, do filme, da cantora e da atriz. Como será a moda no futuro? Bem, não sabemos, mas com certeza o passado estará lá. Madeleine Vionnet e Alceu Penna estarão lá, com uma nova visão, um novo elemento. Estarão lá inspirando novos artistas.
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Red Kisses,
Chris

//Voices of My Mind: Cores e Formas


Red Kisses,

Chris (fim de semana difícil, mas com uma semana inteira pela frente)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

J. Carlos: um designer brasileiro a frente do seu tempo.

O texto a seguir foi escrito para o Bloco Profusão da minha pós em Artes Visuais sobre a obra de J. Carlos.

Antes de analisar a obra em específico (ao lado), capa da revista Para Todos Nº 436, de 23 de abril de 1927, acho interessante fazer uma análise comparativa das obras criadas por J. Carlos para a revista Para Todos, no intuito de entender melhor como funciona a nova linguagem gráfica apresentada na capa já mencionada, assim como, a dualidade ordem/desordem.

Observando o acervo das capas, no site www.jotacarlos.org, percebe-se que nas primeiras capas criadas (como nas três apresentadas abaixo), o traço era mais limpo, com um estilo mais clássico, focado em uma mulher mais romântica e sem um apelo sexual forte:
Depois, J. Carlos muda o seu traço, tornando-o mais moderno, mas a mudança que vejo mais importante é a forma como ele usa as cores para dar uma sensação de confusão, de desordem. Esta é a primeira sensação que tive vendo as várias capas criadas por ele. Alguns exemplos:


Minha primeira ideia é que a profusão de cores forma uma massa uniforme, mas é só impressão, pois diante desta aparente ‘desordem de cores’ está uma composição  harmônica entre cores, elementos e formas.

Observa-se também que o estilo clássico e romântico das primeiras capas se perdeu, as mulheres destas novas capas são mais sensuais, poderosas e independentes.
As capas possuem um estilo mais festivo e um forte apelo sexual, caracterizado pela transformação das personagens femininas em objetos de desejo
.

Na capa em estudo, observa-se todos estes aspectos. A mistura de cores fortes e neutras dão uma primeira impressão de caos, mas a aparente desordem, na realidade, é uma composição harmônica de elementos que se fundem para transmitir uma ideia principal.

Os homens unidos traz o estilo de J. Carlos citado nos parágrafos anteriores: a transformação da mulher em objeto de desejo, enquanto a mulher transmite o aspecto de independência e poder, mas ainda assim, sensual, deixando para trás a ideia de uma mulher romântica a espera do marido para casar-se e ter filhos.

No aspecto espacial, a massa humana forma um triâgulo de cabeça para baixo e a mulher, um retângulo.
Assim, temos a representação dos símbolos feminino e masculino. Os homens formando o símbolo representante da mulher, por consequência, a ideia do objeto de desejo masculino. A mulher, o símbolo fálico masculino, e aqui imagino duas ideias.

Primeiro, a crescente independência feminina, o desejo feminino de ter o seu papel na organização social tal qual os homens, deixando para trás a ideia da mulher de casa. Mas também imagino se não haveria também a ideia paralela da mulher que quer ser poderosa e independente, mas ainda deseja o casamento com o homem perfeito.

J. Carlos trabalhou muito bem a ideia de profusão na criação desta capa. Primeiro, com a mistura de cores que dão uma inicial ideia de desordem, mas que se percebe falha com uma atenção mais aprimorada. Segundo, uma profusão de ideias escondidas no desenho criado, da dualidade masculino/feminino.

J. Carlos foi um designer a frente do seu tempo, nos anos 20, soube por meio da sua arte transmitir ideias polêmicas e avançadas para a época com criações fortes, modernas e com o uso de cores incríveis e traços marcantes.


Red Kisses,
Chris