Levando em conta tudo o que você viu e aprendeu neste bloco, as reflexões e os debates ocorridos no fórum, exercite a sua compreensão do conceito trabalhado.
A seguir estão duas propostas de atividades práticas, escolha uma.
Para realizá-la, você pode desenhar, fazer colagens, fotografar, filmar ou utilizar quaisquer outros meios visuais que estejam ao seu alcance.
A apresentação de seu trabalho ocorrerá no próximo encontro presencial do curso.
a) A racionalização e a simplificação estrutural das formas que percebemos no mundo produzem um sentido de leveza. Crie uma imagem de leveza a partir da síntese visual de algum objeto ou fenômeno que você tenha observado.
b) A leveza pode ser associada à transitoriedade e à fragilidade. Crie uma imagem de leveza que comunique regularidade e ordem, mas que também seja extremamente frágil e pouco durável.
Confesso que neste bloco, o que mais chamou minha atenção foi a ideia de precariedade. Nunca tinha analisado esta palavra sob a ótica da arte. Assim que vi a palavra nos textos e no fórum deste bloco, não compreendi de imediato o significado da palavra no campo das artes. Precário era algo que tinha, em minha mente, um aspecto negativo. Mas nesta unidade, após as leituras e discussões no fórum, compreendi esta nova concepção para a palavra precariedade, no campo das artes.
O primeiro exemplo que vi nesta unidade foi apresentada nos textos do CD com a obra o “Trenzinho”, de Schendel. Uma obra que não era para ficar pela eternidade em museus, mas na memória das pessoas que estiveram na exposição e a viram.
E esta ideia é algo extremamente fantástico, da obra momentânea, daquela que não é para ser guardada em um ambiente como casas e museus, mas em nossas memórias. E ela é precária porque ela é momentânea, não tem durabilidade, e não pela falta de beleza ou atração. E elas ficam registradas em nossa memória.
Nossas memórias estão sempre com a gente e, pensando assim, vimos vários exemplos destas obras que com o tempo, se perdem. Um dos exemplos que citei no fórum, foi os origamis, que por ser feito de papel, com o tempo pode perdendo a sua forma, a sua beleza, mas ainda assim tem o seu valor artístico forte e que por mais que se perca, ainda assim, pode ficar registrado na memória, tornando uma obra imortal.
Então, neste caminho, pensando no que fazer para esta atividade prática e sabendo que tinha que juntar duas palavras - leveza e precariedade – em uma única obra, comecei a estudar e pesquisar que rumo iria seguir.
Divagando sobre estas duas palavras e nos diversos exemplos que vimos em nossas discussões, pensei na época em que fazia parte do corpo de dança e as diversas coreografias que apresentávamos, horas e horas de ensaio para depois das apresentações, ficarem perdidas para sempre.
A dança encaixa-se perfeitamente neste conceito de precariedade. Ela é momentânea, única – mesmo quando ensaiamos diversas vezes um mesmo movimento, cada apresentação é única. E depois, ela se perde no tempo e só a encontramos de novo em nossas memórias.
E foi a dança, antigas coreografias que fiz na minha época de dançarino, que eu trouxe para este trabalho, um resgate das minhas memórias para eternizá-las em um vídeo.
Assim, surgiu o projeto Memórias de Uma Dança
O processo
- A música: escolher a música foi fácil, quando pensei em uma música que seria forte e leve ao mesmo tempo, a primeira que me veio foi Clubbed to Death, do filme Matrix. No entanto, não queria usar a versão original do CD e procurei no You Tube e achei uma versão em piano e guitarra: http://www.youtube.com/watch?v=xWTkwq97jfs e a converti para o formato MP3, utilizando o programa Audacity.
- Os vídeos: com a música escolhida, gravei 5 vídeos, em preto e branco, dançando e relembrando as antigas coreografias e selecionei 3. Depois os converti para o formato flv e importei para o Adobe Flash.
- Construção: Importei os três vídeos para o Adobe Flash e, para integrar, o elemento leveza trabalhei com cores brancas e acizentadas. Utilizei também o efeito chamado Fade In / Fade Out, utilizando 3 quadros brancos sobre os 3 vídeos. Além de quadros brancos transparentes que se movem sobre os vídeos. E por cima, criei uma textura de pontilhados (uma lembrança do movimento expressionista) no Adobe Photoshop.
- A marca: antes de começar o vídeo, apliquei a marca que criei para esta instalação.
- O filme: por fim, exportei o vídeo para o formato de filme e o adicionei ao meu VideoLog.
Red Kisses,
Chris, The Red ("Je suis Christian")
Nenhum comentário:
Postar um comentário